A cena é clássica: você na fila do mercado, cheio de compras e seu filho rolando no chão aos gritos porque não ganhou aquele doce.
Quem nunca?
Se fosse simples resolver isso, metade dos pais não estariam se sentindo tão frustrados por aí. Mas calma, respira fundo: birra não significa que seu filho é mimado nem que você falhou como pai ou mãe.
É um comportamento normal, sim, mas totalmente administrável. Quer saber como?
Por Que as Crianças Fazem Birra?
Primeiro ponto: entender o motivo por trás da birra já ajuda muito.
Criança pequena não tem aquele cérebro mega evoluído que controla impulsos e frustrações. Sabe o córtex pré-frontal? Então, para uma criança de dois ou três anos, ele ainda é meio “estágio beta”.
Tudo é emoção pura, na hora, sem filtro.
E outra: as tais birras também são um jeitinho pouco sofisticado (mas muito eficiente) de conseguir atenção ou aquilo que elas querem.
Se deu certo uma vez, por que não tentar de novo? A culpa é sua então? Nada disso! É só a forma natural da criança explorar limites e descobrir como o mundo funciona.
O Que Você NÃO Deve Fazer na Hora da Birra
Vamos primeiro aos erros mais comuns (e fica tranquilo, eu já passei por todos eles): – Ceder imediatamente só pra se livrar dos olhares dos outros.
Pode parecer uma saída fácil, mas acaba ensinando pra criança que choro alto e gritos são garantia de sucesso. E aí, meu amigo, será um looping infinito.
– Gritar mais alto ainda.
Convenhamos, você é o adulto.
Entrar na onda só gera mais estresse e confusão emocional pra todo mundo.
– Castigar ou bater. Isso só cria mágoa, medo e dificulta toda a comunicação.
Além disso, pesquisas mostram claramente que punições físicas pioram o comportamento em longo prazo.
Estratégias que Realmente Funcionam com as Birras
Agora chegou a parte boa. Como você pode lidar de fato com as crises de maneira inteligente?
- Respire fundo e mantenha a calma: Eu sei, fácil falar, difícil fazer. Mas quando você fica calmo, passa segurança pro seu filho — mostrando que ele pode se acalmar também.
- Valide a emoção da criança: “Filha, eu sei que você tá frustrada porque queria muito aquele doce. É chato mesmo, eu entendo.” Só reconhecer o sentimento já baixa a intensidade.
- Seja firme e consistente: “Mas agora não dá pra levar. Vamos combinar outra coisa, tá?” Isso mostra que você entende, mas não vai ceder pra pressão. Ser consistente e coerente é fundamental pra criança aprender limites.
- Tente redirecionar a atenção: “E que tal depois da janta a gente fazer um brigadeiro em casa juntos?” Muitas vezes, propor uma atividade ou distração funciona muito bem.
- Dê autonomia sempre que possível: Crianças querem controle. Você pode perguntar algo simples como: “Hoje você quer vestir o tênis vermelho ou azul?” Apenas dar pequenas escolhas as fazem se sentir mais respeitadas.
Ensine Estratégias Alternativas para Expressar Emoções
Birras também são ótimas oportunidades pra ensinar seu filho a lidar com emoções difíceis. Quando estiver tranquilo, converse com ele sobre como se sente e como reagir melhor da próxima vez que estiver frustrado:
“Da próxima vez que você estiver bravo, filho, ao invés de gritar, que tal respirar fundo comigo três vezes?”
Essas pequenas técnicas ajudam muito em longo prazo, vão por mim. Pérolas de sabedoria aí da psicologia positiva e da parentalidade consciente.
Cada Criança é Única, e Tudo Bem por Isso!
Claro que não existe fórmula mágica.
Cada criança reage diferente e leva um tempo diferente pra responder às suas tentativas. O importante é estar sempre perto, educar com empatia e paciência.
As birras vão diminuir naturalmente quando seu filho amadurecer neurologicamente e quando perceber que há formas melhores de conseguir o que deseja.
A birra é chata? É, e muito.
Mas ela não define quem você é como pai ou mãe, nem quem seu filho vai se tornar no futuro.
Respira fundo.
Faz parte da jornada!