Liberdade sem autocontrole é a receita do fracasso

Uma das principais marcas da educação moderna é a tendência cada vez maior de investir as crianças de autoridade para administrarem suas próprias vidas, contra a educação “retrógrada” e “preconceituosa” do passado.

O médico e escritor inglês Anthony Deniels observa que o termo “pupilo” foi quase totalmente suprimido da língua usual, substituído pelo termo “estudante”. As duas palavras têm conotações muito diferentes. Enquanto o pupilo encontra-se sob a tutela ou a direção de alguém que sabe o que ele deve aprender para o seu próprio bem, o estudante já está maduro o suficiente para seguir as próprias inclinações, segundo a sua curiosidade e ambição.

Sem dúvida, a duração das fases de uma carreira educacional deve variar de acordo com as características de cada criança. Algumas são naturalmente curiosas e dotadas de muito instinto para o importante e o útil. Mas isso não vale para a maioria das crianças, as quais não possuem autopropulsão para os caminhos da sabedoria e do conhecimento.

Nem todas as tentativas de educar as crianças nesses caminhos encontram sucesso, o que é nítido ante a desordem que prevalece em tantas escolas. Mas, por outro lado, isso se torna também uma evidência de um problema ainda maior: o fracasso dos pais que são incapazes de inculcar autocontrole em seus filhos; e o fracasso dos filhos que aprendem que o mundo gira em torno de suas vontades e ambições.

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