Dentre as péssimas tendências que atrapalham a vida do estudante está a jactância. Esta palavra carrega consigo a qualidade comum a uma pessoa arrogante. Mas, quando se trata da vida de estudos, ela está associada à tendência de ignorar a leitura dos autores considerados inferiores, superados ou ultrapassados pelo grupo.
Gustavo Corção diz que, para quem está abordando com firmada convicção um problema humano de difícil solução, não há melhor exercício do que a leitura atenta e até respeitosa de um autor que se coloca em pontos de vista diferentes e chega a conclusões opostas.
Essa disciplina nos ajuda a tomar conhecimento de outros aspectos da questão, que passaram batidos por nós, mas não por outros. E muitas vezes serve também para nos curar da jactância e da rigidez tão frequentes quanto nocivas para a formação de ideias.
Essa procura sincera de argumentos e esse exercício de respeito só podem ser positivos para as convicções autênticas, sobretudo quando se sente a honestidade do opositor. Por isso, lembre-se sempre: mesmo nos autores com quem não simpatizamos pode haver sinceridade e verdade apresentadas sob um ângulo que nunca antes enxergamos.